Mas em compensação...

Eu posso ter todos aqueles motivos pra não gostar da Lucy. Só que tem uma menininha argentina, que eu gosto tanto que, ao invés de falar dela vou deixar ela falar.
Fala MAFALDA!!!

Demais né...

Logo mais, tem mais. Abração!!!

Porque Nunca Gostei da Lucy

Todo mundo que tem mais de 25 anos, com certeza  já assistiu algum episódio da série animada da "Turma do Snoopy", originalmente chamada de "Peanuts". Imagino que não tenha quem não se identifique com algum personagem. Quem é mais "cuca fresca" gosta da Marcie, os mais sensíveis do Charlie Brown e por aí vai. Esse tipo de reação não ocorre por acaso. Tantos personagens, diferentes entre si, são criados exatamente para que cada um que conheça a história tenha o seu preferido. E é justamente nesse ponto que entra o meu post de hoje: EU SEMPRE DETESTEI A LUCY.

Lucy sempre foi a reunião de tudo aquilo que nunca gostei nas meninas. Ela tinha um hábito de dizer a todos o que fazer, não importava se era certo ou errado para quem quer que fosse, ela sempre impunha a todos o suas próprias regras e leis. Isso acontece demais com algumas adolescentes que, imagino eu,  de tão acostumadas a ter todas as vontades atendidas passam a ter esse comportamento com o seu grupo de amigos.

Outra particularidade da irmã do Linus que me causa arrepios até hoje era a obsessão que ela tinha com o Schroeder, nunca entendi essa atração quase irracional que determinadas mulheres tem com cantores, atores e pessoas demonstram qualquer tipo de poder.O que diabos é isso? Algum tipo de resquício do tempo que vivíamos em tribos? Onde o penacho mais alto é que valia?!?! Por favor, não façam isso. Essas atitudes só geram um resultado: uma horda de machistas que tratam as mulheres como mobília. 

Agora, o que sempre despertou a minha revolta, e com certeza a de muita gente que assistia o desenho, era quando ela tirava a bola da frente do Charlie Brown na hora que ele ia chutar um field goal. E o pior de tudo não era isso. O mais cruel era que ela sempre fazia ele acreditar que daquela vez ia ser diferente. Quantas vezes isso já não aconteceu na sua vida? Quantas vezes sua namorado(a) não disse que ia parar com aquelas crises idiotas de ciúme e toda a vez era a mesma coisa? E o sem número de vezes que você já ouviu seu conjuge falando que iria ser menos relaxado ou mais compreensivo e nada acontece. Não é a mesma sensação de furar um chute com toda a força e cair de costas no chão se perguntando: "Porque eu acreditei?"

Por fim, o que eu quero realmente dizer com essas mal metaforizadas palavras é que já passou o tempo de tantas "Lucys" no mundo. Chega dessa gente que tem mania de dizer o que você pode ou não fazer. Que diz que você é um fracassado simplesmente porque você não tem determinada função, altura ou aparência. Não aguento mais essas pessoas que vivem em cima de uma montanha de decepções alheias e ignora o tamanho da dor causa relacionamento após relacionamento. Vivemos no tempo das redes sociais, dos flash mobs, do crowd sourcing. Hoje conhecer os outros é muito mais fácil. Ferramentas como este blog nos aproximam muito mais das dores e alegrias de todos. Sejamos melhores! Sejamos mais Linus, Marcies e Sallys! Vamos sorrir e fazer sorrir. É bem melhor e muito mais higiênico.

Living La Vida Roller

Você é menina, certo? E sabe tanto quanto todo mundo que praticar um esporte faz bem para tudo. Para o corpo, a mente e até para o coração ( por que não!?). Mas quantos dias no mês você consegue ir pra academia? Uns cinco? No colégio quantas vezes te escolhiam por último no time de handball? Quase sempre? Joga basquete no play do seu prédio? Não? Curte ir pra praia jogar um voleizinho? Ou melhor. Qual foi a última vez que você chegou perto da praia? E futebol? Nem pensar?
Parece que esporte não combina com você, não é!? Seu estilo é muito urbano, adora Rock 'n Roll, filmes alternativos, tatuagens, esmalte escuro... E aquela postura de gata de praia sempre te pareceu coisa de piranha, mas ficar parada em casa, vendo a vida passar é chato a beça. Quer dizer, mais um dilema. Já não bastasse os que você já vive normalmente, agora isso.
Mas será que é só você que encaixa nesse perfil? Claro que não! O mundo está cheio de meninas assim. E foi vendo aqueles mesmos filmes alterantivos que você gosta, e assistindo uns espetáculos estranhos que misturavam patinação com "telecatch", que uma mulherada do Texas resolveu criar o Roller Derby. Um esporte sobre patins, onde dois times de cinco meninas cada, disputam uma espécie de "batalha de ultrapassagens" em um circuito oval, que pode ser montado em qualquer quadra poliesportiva.
E no que isso é diferente daqueles times de handball, com aquelas meninas abrutalhadas que te escolhiam por último? As meninas! É exatamente o público que pratica e assiste esse esporte que faz a diferença. Nessa competição, além do equipamento de segurança, o estilo de cada uma é fundamental. Cada jogadora tem até o seu proprio apelido!
Justamente por esse espírito de tribo que o esporte carrega (a famosa sensação 'que bom que não sou só eu que penso assim'), que as relações entre os praticantes e entusiastas acaba criando um estilo de vida, muito interessante e diferente que acaba servindo de inspiração para várias manifestações culturais. Nos anos 70 vieram dois filmes: Kansas City Bomber(1972), com Raquel Welch e  Rollerball (1975), com James Cann. E na última década mais dois: uma refilmagem de Rollerball em 2002 e Whip It (2009) que aqui no Brasil veio com a maravilhosa tradução  de "Garota Fantástica". E agora na Fnac da Avenida Paulista está acontecendo uma exposição fotográfica com o Roller Derby como tema.
Viu só!? Existe um esporte para você, do seu jeitinho e com tudo a ver contigo. É só patinar atrás.

Aqui seguem alguns links com mais informações sobre o esporte e alguns times(ligas):

- Reportagem do UOL explicando as regras do esporte aqui
- Site de um dos melhores times (ligas) dos EUA aqui
- Site das Grey City Rebels de São Paulo  aqui
- Perfil das Beach Zombie Roller Girls de Santos aqui
- Matéria sobre o esporte no Programa Claquete da Band aqui